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Climatério: que seja bom enquanto durar!




Desde que comecei a trabalhar com saúde da mulher, noto claramente a diminuição da performance física, sexual e mental em pacientes na faixa etária de 35 a 50 anos de idade. Eu estou falando do climatério, o período que marca o início da queda na produção dos hormônios sexuais femininos e que termina com a menopausa, ou seja, a última menstruação. Nessa fase, sintomas clássicos, como irregularidade menstrual, fogachos (ondas de calor), depressão, insônia, perda da libido e falhas de memória, podem ocorrer e frequentemente são pouco valorizados nas consultas médicas.

De uns tempos para cá, as mulheres estão muito mais ativas, disputam o mercado de trabalho, gerenciam a casa, os filhos, os pais e até os netos, namoram, viajam e querem se manter saudáveis e bonitas por mais tempo. Olhando para esse cenário de tantas aspirações e tantos desejos, eu me pergunto: como é possível que, em pleno século 21, alguém subvalorize esses sintomas.

Talvez por necessidade dos novos tempos, a qualidade e hábitos de vida começam a ser entendidos como pilares para o envelhecimento saudável e estão no foco do desenvolvimento científico. Hoje, o reequilíbrio hormonal pode ser feito de forma segura e é uma realidade importante na prevenção de saúde dessas mulheres. O controle do estresse, a alimentação balanceada, o sono restaurador, o bom funcionamento intestinal e a atividade física regular são outras medidas complementares e importantes para a diminuição dos sintomas do climatério.

Eu gosto de associar métodos naturais nesses ajustes. Uma das ferramentas que utilizo bastante é a ioga. Esta atividade física trabalhaa respiração com consciência e combina movimentos corporais com exercícios de foco e meditação. O resultado mais evidente é a neutralização dos sintomas adversos causados pelo estresse. Outros efeitos que observo em minhas pacientes são a melhora da resiliência e da disciplina para adquirir hábitos de vida saudáveis.

Por sorte, hoje temos muitas maneiras de envelhecer de forma saudável e de manter nossa disposição, autoestima e autonomia durante e depois do climatério. Se essa é a sua realidade, então, que seja boa enquanto durar!

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